MY WAY
Sim, revisitar o passado pode ser como abrir um velho álbum de fotografias, onde cada página traz consigo uma tempestade de emoções. Algumas imagens nos envolvem com uma sensação de alegria genuína — aquele sorriso que foi espontâneo, aquele momento em que tudo parecia estar no lugar certo. Mas há também as outras… aquelas que nos obrigam a encarar versões de nós mesmos que preferíamos esquecer.
Os textos, as cartas nunca enviadas, os rabiscos em cadernos esquecidos no fundo da gaveta — tudo isso é um espelho do que fomos. Ler nossas próprias palavras de anos atrás pode doer porque nos confronta. Ali está o “eu” que agiu por impulso, o “eu” que disse o que não devia, ou pior, que silenciou quando mais precisava falar.
Mas, veja, não há aprendizado sem reflexão. Não há crescimento sem revisitar o que doeu. Aquela ação que hoje te faz pensar “eu não devia ter feito assim” é a mesma que te moldou para ser quem é agora — alguém que pensa, sente e, sobretudo, percebe.
Talvez o passado não esteja ali para nos punir, mas para nos lembrar de que estamos em constante construção. O erro é só o tijolo que pavimenta o caminho para um entendimento maior.
E as lembranças? Essas são os reflexos da luz e da sombra que compõem a nossa história.
Então, se dói olhar para trás, permita-se sentir.
Mas lembre-se de que o passado já é fotografia. O que importa é como você segura a câmera agora.
Eu fiz minha vida ao meu modo. Não me arrependo dos erros cometidos e sim dos que não pratiquei.
Felix Chaves
Enviado por Felix Chaves em 22/01/2025