O BODE E A BALEIA

ESSA ESTÓRIA FOI PASSADA PRA MIM PELO MEU IRMÃO MAIS VELHO E PADRINHO SANCLER , QUE DEUS O TENHA , JURAVA DE PÉS JUNTOS QUE FOI VERDADEIRA.
O FATO OCORREU DURANTE A SUA JUVENTUDE EM MEADOS DOS ANOS CINQUENTA , NO MUNICÍPIO DE ITUPIRANGA ESTADO DO PARÁ . ERA ÉPOCA DE EXTRAÇÃO DE CASTANHA DO PARÁ, E NESSE PERÍODO SEMPRE SAÍAM OS CASTANHEIROS EM BUSCA DOS MELHORES CASTANHAIS .
GERALMENTE FICAVAM VÁRIOS DIAS ATÉ COMPLETAREM A CARGA DO BARCO E RETORNAREM PARA OS ARMAZÉNS NA CIDADE. TINHAM QUE LEVAR O RANCHO COMPLETO PARA EVITAR O CONTRATEMPO DE PASSAREM FOME .
NESSA VIAGEM ALÉM DOS MANTIMENTOS HABITUAIS LEVARAM TAMBÉM UM BODE ,CASO FOSSE PRECISO SERVIRIA DE ALIMENTO. COMO NÃO PODERIA FALTAR A FAMOSA PINGA TRADICIONAL DA REGIÃO CHAMADA TATUZIM.
ENTÃO DEPOIS JÁ DE VÁRIOS DIAS DE VIAGEM , RESOLVERAM ACAMPAR NUM DESCAMPADO. E FOI AÍ QUE ACONTECEU O FATO , RESOLVERAM TOMAR OS ÚLTIMOS DOIS LITROS DE TATUZIM QUE SOBRAVA NA MOCHILA. LÁ PELAS TANTAS E JÁ COM A CUCA BASTANTE CHEIA , RESOLVERAM MATAR O BODE PRA COMER. ISSO JÁ TARDE DA NOITE E SEM LUA PRA ILUMINAR . O CERTO É QUE MATARAM O ANIMAL E FIZERAM UM SENHOR CHURRASCO NA MADRUGADA.
ACORDARAM NO OUTRO DIA COM O SOL JÁ ALTO E LEMBRARAM QUE TINHAM QUE SEGUIR VIAGEM.
SANCLER DISSE PRO COMPANHEIRO : ZÉ CAITITU DESAMARA A CACHORRA BALEIA BOTA ELA NO BARCO E VAMOS SEGUIR.
CAITITU VOLTOU MEIO ASSUSTADO E FALOU : A CACHORRA BALEIA NÃO TÁ AQUI NÃO , TÁ É O BODE AMARRADO.
EITA PINGA TATUZIM DANADA.